Saúde

OMS revela: Aspartame será incluído na lista de possíveis cancerígenos, causando polêmica na indústria alimentícia

Adoçante artificial amplamente utilizado em produtos populares pode estar associado ao risco de câncer, segundo a IARC

Por Redação

29/06/2023 às 16:47:26 - Atualizado há
Foto: Unsplash

Uma notícia alarmante abala a indústria alimentícia: a Organização Mundial da Saúde (OMS) revelou que o popular adoçante artificial aspartame será incluído na lista de produtos possivelmente cancerígenos. Essa informação vem à tona após uma avaliação realizada pela Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer (IARC) e será publicada no próximo mês de julho. A decisão tem o potencial de gerar uma grande polêmica e provavelmente enfrentará resistência por parte da indústria alimentícia, que amplamente utiliza esse produto em milhares de alimentos e bebidas ao redor do mundo.

O aspartame é encontrado em uma infinidade de produtos, desde a popular Coca-Cola Diet até sorvetes e chicletes. A ideia por trás dessa inclusão na lista de possíveis cancerígenos é baseada em pesquisas conduzidas pela IARC, que apontam para uma evidência limitada, porém existente, de uma ligação entre o consumo de aspartame e o câncer em humanos. Vale ressaltar que a IARC classifica os produtos em três categorias: "possivelmente cancerígeno para humanos", "provavelmente cancerígeno para humanos" e "cancerígeno para humanos".

No entanto, é importante destacar que a IARC não leva em consideração a quantidade segura de consumo de um determinado produto, uma vez que essa é uma responsabilidade de um comitê separado de especialistas da OMS, conhecido como Jecfa (Comitê Conjunto de Especialistas em Aditivos Alimentares da OMS e da Organização para Agricultura e Alimentação), juntamente com as determinações dos reguladores nacionais.

Essa mudança na classificação do aspartame certamente gerará controvérsias e provocações da indústria de alimentos, que depende amplamente desse produto. Vale lembrar que a IARC já incluiu hábitos e produtos como o consumo de carne vermelha durante a noite e o uso de telefones celulares na lista de possíveis causadores de câncer, o que gerou muita discussão na época.

Foto: Reprodução

Desde a década de 1980, o aspartame tem sido amplamente utilizado como adoçante de mesa e em diversos produtos, incluindo refrigerantes dietéticos, gomas de mascar, cereais matinais e pastilhas para tosse. A Jecfa, responsável pela segurança alimentar, afirmou que o aspartame é seguro para consumo dentro dos limites diários estabelecidos desde 1981.

Apesar da autorização global do uso do aspartame por reguladores que revisaram todas as evidências disponíveis, essa nova classificação da IARC traz à tona preocupações sobre a segurança alimentar e levanta questionamentos sobre os potenciais riscos à saúde associados ao consumo desse adoçante artificial.

A indústria de alimentos e bebidas, por sua vez, tem defendido o uso do aspartame há décadas. Agora, com essa inclusão na lista de possíveis cancerígenos, a controvérsia em torno desse adoçante promete se intensificar, enquanto consumidores e especialistas aguardam por mais informações e esclarecimentos sobre os potenciais riscos envolvidos.

Este desenvolvimento trará mudanças significativas para a indústria alimentícia e pode influenciar os hábitos de consumo dos consumidores, levando-os a buscar alternativas mais saudáveis e naturais aos produtos contendo aspartame. À medida que a discussão avança, é crucial que pesquisas adicionais sejam conduzidas para avaliar com precisão os riscos associados ao uso desse adoçante artificial e fornecer orientações claras para o público em geral.

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