Saúde

Stevens-Johnson: conheça a rara doença de pele que afetou a esposa de Frank Aguiar e a deixou na UTI

Carol Santos, agora recuperada, compartilha relato e imagens chocantes das marcas deixadas pela síndrome de Stevens-Johnson

Por Redação

04/07/2023 às 13:27:57 - Atualizado há
Foto: Reprodução/Instagram

Um relato comovente e imagens chocantes compartilhadas nas redes sociais chamaram a atenção do público recentemente. Carol Santos, esposa do cantor Frank Aguiar, revelou ter sido acometida por uma doença de pele rara, a Síndrome de Stevens-Johnson, que a levou a passar 10 dias internada na UTI de um hospital. Agora em processo de recuperação, Carol mostrou em um vídeo as marcas impressionantes deixadas pela doença em seu pescoço, rosto, boca, costas e tórax, enquanto celebrava seu aniversário de 31 anos.

A Síndrome de Stevens-Johnson é uma reação do sistema imunológico a certos medicamentos, principalmente antibióticos e anti-inflamatórios. Embora seja uma reação cutânea rara, ela é grave e requer tratamento imediato. Carol expressou sua gratidão ao marido, Frank Aguiar, por estar ao seu lado durante todo o processo: "Mesmo diante de todas as dificuldades, o Frank nunca me abandonou e somos um casal como qualquer outro", declarou Carol em sua postagem.

A doença, que acometeu Carol, é conhecida por causar danos significativos à pele. Ela relatou que chegou a pensar que não sobreviveria, tamanho era o sofrimento causado pela síndrome. No entanto, ela está agora em fase de recuperação e as marcas estão se tornando quase imperceptíveis, restando apenas algumas manchas claras em seu pescoço.

A seguir, apresentamos quatro pontos essenciais para entender melhor a Síndrome de Stevens-Johnson:

1 - O que é a síndrome? A Síndrome de Stevens-Johnson é desencadeada pela reação do organismo a determinados medicamentos, especialmente aqueles utilizados no tratamento de epilepsia, antibióticos e analgésicos anti-inflamatórios. É uma condição rara, e o diagnóstico tardio pode agravar o quadro clínico.

Os primeiros sintomas costumam aparecer entre duas a seis semanas após o início do tratamento, o que dificulta o diagnóstico e a identificação da relação causa e efeito.

  • Dra. Rosana Gianicco, alergista e imunologista

Em crianças, o Stevens-Johnson pode ser desencadeado por infecções, como resfriado, gripe, feridas, bem como pela mononucleose infecciosa, uma doença causada pelo vírus Epstein-Barr (EBV).

2 - Quais pessoas possuem maior risco? De acordo com o NHS, o serviço de saúde britânico, algumas pessoas têm maior probabilidade de desenvolver a Síndrome de Stevens-Johnson, incluindo aquelas que:

  • Já tiveram a síndrome após tomar um determinado medicamento e têm maior chance de desenvolvê-la novamente se utilizarem essa mesma medicação ou medicamentos similares.
  • Possuem o sistema imunológico enfraquecido devido a condições como HIV, AIDS ou estão em tratamentos como quimioterapia.
  • Possuem parentes próximos que já foram diagnosticados com a síndrome, uma vez que fatores genéticos podem influenciar no desenvolvimento da doença.

3 - Quais são os sintomas? Os sintomas iniciais podem se assemelhar aos da gripe, incluindo cansaço, dor muscular, dor de cabeça, que são rapidamente seguidos por lesões avermelhadas que se espalham por todo o corpo.

Segundo a Mayo Clinic, uma instituição de saúde sem fins lucrativos dos EUA, alguns pacientes podem apresentar sinais precoces da síndrome, como febre, dor e inflamação na boca e garganta, fadiga e sensação de queimação nos olhos, entre um e três dias antes do surgimento das erupções cutâneas.

À medida que a condição se desenvolve, outros sinais e sintomas se manifestam, incluindo dor generalizada inexplicável na pele, erupções cutâneas vermelhas ou roxas que se espalham pelo corpo, bolhas na pele e nas membranas mucosas da boca, nariz, olhos e genitais, além da descamação da pele poucos dias após o surgimento das bolhas.

4 - Como é feito o tratamento? O tratamento da Síndrome de Stevens-Johnson deve ser iniciado o mais rápido possível e, geralmente, requer cuidados hospitalares, especialmente em unidades de terapia intensiva.

Sem tratamento adequado, os sintomas podem se tornar potencialmente fatais. Caso haja suspeita de que um medicamento específico esteja desencadeando a síndrome, a interrupção imediata desse medicamento é crucial.

Além disso, algumas medidas podem ser adotadas para aliviar os sintomas, como a administração de fluidos intravenosos para evitar a desidratação, a aplicação de cremes e curativos para hidratar e proteger a pele, o uso de analgésicos para aliviar a dor e a prescrição de medicamentos para controlar a inflamação e prevenir infecções.

A Síndrome de Stevens-Johnson é uma condição séria e requer atenção médica imediata. É essencial estar ciente dos sintomas e buscar assistência profissional ao menor sinal de reação adversa a medicamentos.

Desejamos a Carol Santos uma rápida recuperação e que sua história possa conscientizar e informar outras pessoas sobre essa doença rara, mas importante de ser compreendida e tratada corretamente.

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