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UFC chega a acordo histórico de R$ 1,666 bilhão para encerrar casos antitruste com lutadores

Organização de MMA concorda em pagar quantia monumental a cerca de 1.200 lutadores, pondo fim a processos judiciais de longa data.

Por Redação

20/03/2024 às 17:49:37 - Atualizado há
Foto: David Becker

O Ultimate Fighting Championship (UFC) alcançou um marco significativo em sua história ao chegar a um acordo para encerrar dois processos antitruste movidos por um grupo de aproximadamente 1.200 lutadores. A TKO Group Holdings, empresa controladora do UFC, protocolou um documento junto à Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC), revelando que concordou em compensar os lutadores com um total de US$ 335 milhões, o equivalente a cerca de R$ 1,666 bilhão.

O acordo, alcançado em 13 de março, poucas semanas antes do início previsto dos julgamentos em 15 de abril, representa um desfecho significativo para ambas as partes envolvidas. Embora os termos exatos do acordo ainda não tenham sido divulgados publicamente, sabe-se que o pagamento será feito em parcelas periódicas e será dedutível de impostos. No entanto, a divisão exata da compensação entre os lutadores permanece desconhecida.

A Associação de Lutadores de MMA (MMAFA), que representou um dos grupos que moveram os processos, expressou satisfação com o acordo por meio das redes sociais, anunciando que mais detalhes serão revelados quando o acordo for protocolado junto à corte nos próximos 45 a 60 dias. O UFC também emitiu um comunicado, divulgado pelo site "Yahoo Sports", expressando contentamento com a resolução dos processos.

Cung Le, ex-atleta do UFC - Foto: Reprodução

O caso antitruste teve início em dezembro de 2014, quando um grupo de lutadores liderado por Cung Le, ex-atleta do UFC, alegou que a organização promoveu práticas para manter um monopsônio no mercado de lutadores profissionais de MMA de elite. Essas práticas incluíam contratos exclusivos, coerção e aquisição de concorrentes-chave no mercado.

Os processos, que posteriormente se uniram em uma ação coletiva, avançaram em 2023, quando documentos confidenciais sobre as práticas contratuais e de negociação do UFC foram tornados públicos. Especialistas estimaram que a compensação devida aos lutadores poderia chegar a cifras entre US$ 894 milhões e US$ 1,6 bilhão.

No entanto, o acordo alcançado entre os querelantes e a TKO, proprietária do UFC, encerrou as especulações sobre os possíveis desfechos judiciais. Agora, o UFC e os lutadores contemplados no acordo podem seguir em frente, encerrando um capítulo complexo e dando um passo em direção a uma nova era nas relações entre a organização e seus atletas.

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