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Sertanejo Zé Neto faz declaração homofóbica e é "cancelado" na internet no Dia do Orgulho Gay

Personalidades se posicionaram contrários a ele e pediram respeito

Por Redação

07/06/2021 às 09:31:53 - Atualizado há

No final de semana uma atitude do cantor Zé Neto Toscano, primeira voz da dupla Zé Neto e Cristiano, levou a um bombardeio de críticas e posicionamento de repúdio de vários influenciadores digitais e personalidades brasileiras. O cantor, que uma live patrocinada pela Brahma, usou uma camisa do São Paulo Futebol Clube e fez trejeitos que, ele deu a entender que eram de homossexuais.

A polêmica logo chegou a toda a internet. Muita gente questionou e disse que era "mimimi", já que no futebol há uma brincadeira de que o São Paulo seria um time de futebol de gays. Porém, a maior parte do público achou ruim e infeliz o posicionamento do cantor, que chegou a pedir desculpas antes do final da live.

Outras pessoas falaram que esse tipo de brincadeira está levando ao aumento do preconceito e a morte do público LGBTQIA+. A "brincadeira" ocorreu no mesmo dia em que São Paulo realizava a Parada de Orgulho Gay, que é a maior do Brasil e, que, este ano, buscou dar destaque a criminalidade que assola essas pessoas.

O jornalista, blogueiro e um dos principais influenciadores digitais do Brasil, Hugo Gloss, publicou um texto em seu instagram falando que " nós gays, não somos motivo de chacota ou de vergonha. Esse tipo de postura só contribui para que soframos ainda mais violência. Chega!". Veja o comentário de Hugo Gloss na Integra em seu instagram


O que diz uma pesquisa recente

Na última semana, o estudo Oldiversity®?, desenvolvido pelo Grupo Croma, foi divulgado e revelou que público LGBT+ ainda sofre preconceito e discriminação pela sua orientação sexual. Segundo os dados apresentados, a diversidade é aceita pela grande maioria da população, mas ainda é preciso transpor o discurso para maior representatividade dos públicos em todos os âmbitos, sejam sociais ou profissionais. 77% dos entrevistados declaram aceitar a diversidade, 70% acreditam que as empresas e marcas devam integrar o tema diversidade e 54% dos entrevistados acreditam que as propagandas ajudam a criar uma sociedade mais tolerante.

Mas o público LGBT+ deseja maior participação no mercado de trabalho, segundo os dados da pesquisa. 75% dos entrevistados apontam que as empresas têm preconceito em contratar um profissional LGBT+, 72% gostariam de ver mais propagandas com elementos de diversidade e 68% dos entrevistados declaram que as propagandas ajudam a criar uma sociedade mais tolerante à diversidade. Algumas empresas já despertaram para este cenário e há tempos vem investindo em elementos e mensagens para o público LGBT+.

Comportamentos preconceituosos das marcas e falta de diálogo aberto quanto à diversidade afastam o público LGBT+, que deixa de consumir e não se relaciona com essas empresas. 69% não consomem produtos de marcas com comportamentos preconceituosos, 67% consideram e recomendam, 66% admiram e 65% preferem marcas que falam abertamente sobre a diversidade.

O estudo Oldiversity®? mostra ainda que público LGBT+ sofre preconceito por sua orientação sexual e acredita que o atual governo influencia o aumento dele: 73% dos LGBT+ entrevistados dizem que o governo influenciou no aumento do preconceito de gênero ou orientação sexual e 53% já sofreram algum tipo de discriminação pela sua orientação sexual.

"A agressão física e verbal é comum no cotidiano da comunidade LGBT+ no Brasil. Estamos vivendo um momento delicado no país com o aumento da intolerância e do discurso de ódio contra grupos que fazem parte da diversidade. Infelizmente as pessoas são agredidas pelo simples fato de serem quem são. Essa violência é um reflexo do preconceito, que por sua vez deriva da falta de informação e da ignorância. As marcas têm um papel fundamental em abordar e incluir esse tema na sua comunicação para fomentar o debate e gerar esclarecimento para a sociedade", explica Edmar Bulla, CEO do Grupo Croma.

O estudo compreendeu 2032 entrevistas on-line com a população de todo o Brasil, realizadas entre 23 e 31 de julho de 2020. O Grupo Croma lançou a segunda edição do Oldiversity®?, com metodologia aplicada utilizando cotas de idade, gênero, região geográfica, classe socioeconômica, e cotas específicas de raça, orientação sexual e PCDs. A margem de erro é de 2 p.p. para amostra total, considerando nível de confiança de 95%. Os resultados foram ponderados para representar a população brasileira das classes ABC.

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