Internacional

Nações ricas prometem US$ 100 bilhões para proteção ambiental em países em desenvolvimento

Compromisso financeiro é anunciado durante cúpula em Paris e busca impulsionar ações contra as mudanças climáticas

Por Redação

23/06/2023 às 12:03:37 - Atualizado há
Foto: Reprodução

Durante uma cúpula realizada em Paris, o presidente francês, Emmanuel Macron, revelou que as nações desenvolvidas se comprometeram a disponibilizar um financiamento de US$ 100 bilhões (aproximadamente R$ 477 bilhões) para apoiar medidas de combate às mudanças climáticas em países em desenvolvimento.

Este compromisso surge como parte do Acordo de Paris, estabelecido em 2015, no qual os países ricos se comprometeram a fornecer US$ 100 bilhões anualmente, a partir de 2020, para auxiliar as nações mais pobres na proteção do meio ambiente. No entanto, essa meta tem enfrentado dificuldades em sua concretização.

Além disso, Macron informou que um grupo composto por países desenvolvidos criou um fundo voltado para a preservação da biodiversidade e das florestas. O anúncio do compromisso financeiro ocorreu durante a sessão final de um painel de discussões da cúpula, que contou com a participação de cerca de 40 líderes mundiais e teve como objetivo principal debater uma nova agenda financeira global.

O objetivo central dessa cúpula é aumentar o financiamento destinado aos países de baixa renda no que diz respeito às questões ambientais, além de buscar aliviar suas dívidas e promover reformas nos sistemas financeiros pós-guerra. Na última quinta-feira (22), o Banco Mundial anunciou que facilitará o financiamento para nações afetadas por desastres naturais, enquanto o Fundo Monetário Internacional (FMI) confirmou ter alcançado sua meta de disponibilizar US$ 100 bilhões (R$ 477 bilhões) em direitos especiais de saque (SDRs) para países vulneráveis.

Entretanto, os Estados Unidos ainda não aprovaram a legislação necessária para liberar sua parcela correspondente ao valor anunciado pelo FMI, o qual representa mais de um quinto do total. A secretária do Tesouro dos EUA, Janet Yellen, afirmou que essa é uma prioridade para o governo do presidente Joe Biden.

"Nossos líderes estão cansados do status quo e buscam mudanças", declarou Ngozi Okonjo-Iweala, diretora-geral da Organização Mundial do Comércio, durante a cúpula.

Em relação aos países mais pobres, destaca-se que a Zâmbia fechou um acordo para reestruturar mais de US$ 6 bilhões (cerca de R$ 28,6 bilhões) em dívidas com outros governos. Os desafios da dívida na África estão diretamente relacionados à dupla tarefa enfrentada por alguns dos países mais pobres do mundo: lidar com os impactos das mudanças climáticas ao mesmo tempo em que se adaptam à transição verde.

Algumas autoridades ocidentais acusaram a China, principal credor bilateral de muitos países africanos, de atrasar a reestruturação da dívida, uma alegação negada por Pequim.

A cúpula também buscou maior envolvimento do setor privado. Na quinta-feira, o Senegal fechou um acordo com países mais ricos para obter um financiamento inicial de 2,5 bilhões de euros (cerca de R$ 12,9 bilhões) com o intuito de desenvolver energia renovável e acelerar sua transição para uma economia de baixo carbono.

No decorrer da cúpula, um grupo composto por líderes de estados com grande cobertura florestal e organizações internacionais anunciou o lançamento de um fundo de biodiversidade, com o objetivo de estabelecer parcerias até a Conferência das Partes (COP28) em Dubai, programada para ocorrer em dezembro.

Esses compromissos e ações visam fortalecer o apoio financeiro aos países em desenvolvimento, proporcionando recursos necessários para a proteção do meio ambiente e o enfrentamento das mudanças climáticas, em busca de um futuro mais sustentável para todos.

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