Internacional

EUA autorizam venda de carne cultivada em laboratório, abrindo caminho para uma nova era na indústria alimentícia

Departamento de Agricultura dos Estados Unidos dá sinal verde para a comercialização de carne de frango cultivada em laboratório, marcando um avanço revolucionário no setor

Por Redação

26/06/2023 às 21:00:00 - Atualizado há
Foto: Reprodução

Uma nova era na indústria alimentícia está prestes a começar nos Estados Unidos, à medida que o país autoriza a venda de carne de frango cultivada em laboratório. Essa aprovação histórica coloca os EUA como o segundo país do mundo, depois de Singapura, a aderir a esse mercado inovador. O anúncio foi feito pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) no dia 22 de quarta-feira, abrindo caminho para uma revolução no modo como a carne é produzida e consumida.

Antes de tomar essa decisão, diversos órgãos governamentais e pesquisadores realizaram uma avaliação rigorosa sobre a segurança e a viabilidade do consumo de carne cultivada em laboratório. A agência federal Food and Drug Administration (FDA), responsável pela regulamentação de alimentos e medicamentos nos EUA, também deu seu parecer favorável. Com a luz verde das autoridades, duas empresas da Califórnia, a Upside Foods e a Good Meat, estão prontas para iniciar as vendas desse novo tipo de frango cultivado em laboratório.

A Upside Foods direcionará suas carnes para o renomado restaurante Bar Crenn, localizado em São Francisco, enquanto a Good Meat abastecerá um restaurante em Washington. É importante ressaltar que essa opção de carne cultivada em laboratório não se enquadra na categoria vegana, uma vez que é composta por células de animais. No entanto, ela representa um grande avanço tecnológico e sustentável na indústria alimentícia, abrindo possibilidades para um futuro em que a produção de carne seja mais eficiente e menos impactante ao meio ambiente.

O processo de cultivo dessas carnes é quase todo realizado manualmente, mas depende da coleta de células animais. Nos laboratórios, essas células são nutridas com água, sal e uma combinação de nutrientes essenciais, como aminoácidos, vitaminas e minerais. Os cientistas conseguem criar um amontoado de células, que são então moldadas e formatadas em diferentes cortes, como salsichas ou filés.

Ao contrário da carne convencional, esse produto de laboratório não contém ossos, penas, bicos, cascos ou qualquer gordura natural. Para garantir uma experiência suculenta ao paladar, os pesquisadores acrescentam uma camada extra de gordura, que também pode ser cultivada em laboratório. Essa tecnologia permite ajustar a composição e as características do produto final, oferecendo uma alternativa que atenda às preferências dos consumidores.

Com a autorização para a venda de carne cultivada em laboratório nos EUA, abre-se uma nova fronteira na indústria alimentícia. Essa inovação promete trazer uma série de benefícios, incluindo a redução do impacto ambiental causado pela pecuária tradicional, a diminuição da dependência de recursos naturais escassos e a produção de alimentos mais seguros e livres de doenças transmitidas por animais. Embora o mercado ainda esteja em estágios iniciais, a expectativa é que, no futuro, a carne de laboratório possa se tornar uma opção acessível e amplamente disponível para os consumidores em todo o mundo.

A revolução alimentar está em marcha, e os Estados Unidos estão na vanguarda dessa transformação. O futuro da indústria da carne está chegando, e ele é cultivado em laboratório.

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